(Re)descobrindo Bleach

Paladin Allvo
15 min readDec 1, 2022

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Como foi a minha jornada de ler o mangá sobre Deuses da Morte usando espadas estilosas para combater o mal, anos depois de seu auge.

Embora exista um senso comum na sociedade de que precisamos achar nossa própria identidade, é inegável que o ser humano é influenciado pelo ambiente em que vive. Amizades, gostos pessoais, interesses, tudo acaba sendo fruto das experiências pessoais que vivenciamos ao longo da nossa existência. Todos nós passamos por fases, pois assim construímos nossa identidade ao longo do tempo.

Diferente de Fairy Tail que li há algum tempo, Bleach não é um desconhecido para mim. Já tive contato com a história anos atrás, quando tentei assistir ao anime—que, talvez por preguiça ou desinteresse, larguei no episódio 12.

Na minha adolescência, havia uma espécie de disputa sobre qual mangá shounen era o melhor: Naruto, One Piece e claro, Bleach, então é praticamente impossível para mim não conhecer a obra de Tite Kubo. Porém, devido ao polêmico arco final da série, assisti a um processo similar ao de Fairy Tail: a chacota em cima da obra foi tanta que Bleach virou um “patinho feio”, onde basta dizer que você gosta para vir uma avalanche de críticas a respeito do mangá/anime, com piadinhas sarcásticas e ácidas. Clássico da internet.

Com tantas críticas negativas ao redor de Bleach, eu me afastei da série por anos, pensando que não valia a pena perder tempo com algo que eu pensava ser, até então, fraco. Mas…as coisas mudaram recentemente.

O Retorno Triunfal

Um dos memes mais antigos da comunidade de anime e mangá era o retorno do anime de Bleach, que virou piada junto com o fim de Naruto e One Piece. Na década passada, três coisas eram (quase) certeza: One Piece era eterno, Naruto nunca ia acabar e Bleach jamais voltaria em anime.

Bem, passam-se os anos e Naruto terminou, One Piece está em seu arco final e, em dezembro de 2021, a série dos Shinigamis Estilosos voltou com força total. Foi nesse terceiro caso que observei um fenômeno jamais visto: a fanbase de Bleach em peso celebrou o retorno de Ichigo Kurosaki e da adaptação em anime, como se eles tivessem saído das trevas todos esses anos esperando pelo retorno. É inegável que, para quem era adolescente nos Anos 2000/2010, o anúncio de Thousand Year Blood War finalmente ser adaptado para anime foi um momento histórico.

Como uma fênix ressurgindo das cinzas, os fãs de longa data tiveram a alegria de rever Bleach animado e com promessas de conteúdo adicional. Minha vontade de dar uma segunda chance a Bleach já estava rondando a minha mente, e a estreia de TBYW aumentou ainda mais a minha vontade. Então, depois de pensar muito, decidi iniciar minha jornada de ler Bleach. Por ser alguém que não tem nostalgia com a série, espero que eu possa oferecer o olhar de uma pessoa que nunca leu antes e resolveu dar uma chance agora depois de adulto.

Um Mangá Estiloso

Uma coisa que era muito comum nos Anos 2000 eram os personagens terem um design extremamente detalhado e bonito. Não tinha propósito prático algum, era apenas pra ser “cool” e “descolado”, bem diferente de hoje onde a grande parte dos visuais tendem a ser algo mais minimalista. Um exemplo disso são os mangás Soul Eater e Fire Force, que nem parecem ser do mesmo autor de tão diferentes que são um do outro (ao menos esteticamente falando).

De todos os mangás daquela década, Bleach com certeza é o que mais seguiu à risca a filosofia do “maneiro só porque sim”. Mesmo com a maioria dos personagens usando uniformes parecidos, os capitães da Soul Society vestem longos e belos haori brancos, com o número de sua divisão nas costas e suas vestes possuem detalhes que os diferenciam uns dos outros; as Zanpakutou têm uma identidade visual muito forte e presente, e cada Bankai tem uma transformação ou poder único e visualmente chamativo, e os vilões posteriores (Arrancar, Fullbringer e Quincy) seguem essa mesma filosofia. O lado estilista do Kubo transparece nas capas de capítulo, onde é comum ver os personagens usando roupas casuais mas absurdamente estilosas. Coletes, casacos, moletons, tudo junto só pra ficar bonito na página colorida da semana.

Embora eu não tenha crescido com Bleach, ver esse estilo de arte característico daquela época me traz uma sensação de familiaridade e nostalgia. Essa filosofia de vestir os personagens com roupas chiques e chamativas por apenas uma ou duas páginas de abertura era algo comum nos Anos 2000, talvez pela influência cada vez maior do ocidente no Japão daquele tempo (ou quem sabe partiu de Jojo’s Bizarre Adventure, que desde sempre adotou essa estética estilosa e chamativa). Podemos dizer que essa característica da época faz parte do que hoje chamamos de “2000’s Aesthetic”.

Ichigo, Um Herói Altruísta

Uma das várias pré concepções acerca de Bleach é a maioria das pessoas atribuir ao protagonista características como “sem objetivo” e “raso demais”. Por eu não acompanhar na época, nunca tive opinião sobre o assunto até ler o mangá de fato. E tal ideia não poderia estar mais equivocada.

Para começar, a motivação de Ichigo é, na verdade, estabelecida logo nas primeiras páginas do primeiro capítulo: o garoto tem o dom de ver fantasmas e sempre que pode, tenta ajudar quem pode. Por conta de seu cabelo laranja natural, precisa se esforçar e tirar boas notas para não ser confundido com um delinquente juvenil. Outra coisa que estabelece de vez a motivação do Ichigo é que ele deseja poder para proteger o máximo de pessoas possíveis e claro, aqueles que ama. Pode parecer uma razão simples para lutar, mas acredito que Kurosaki é na verdade o arquétipo do herói clássico, o protagonista que luta por aqueles que ama e busca salvar quem pode. O que talvez possa ter ocasionado essa impressão falsa no pessoal é o fato dos protagonistas de mangás contemporâneos a Bleach estabelecerem seus objetivos desde o início: Naruto quer ser Hokage para ganhar o respeito da vila, enquanto Luffy deseja ser o Rei dos Piratas desde moleque.

Pronto, tá aí com todas as letras pra todo mundo ver.

Embora o arco Fullbringer deixe bem clara a razão para Ichigo lutar, essa motivação estava ali desde sempre: o cara moveu montanhas para salvar Rukia da Soul Society (e no fim ainda expôs, indiretamente, a conspiração de Aizen) e o faz novamente com Orihime em Hueco Mundo. The Lost Shinigami Substitute mostra como o protagonista lida com o fato de não ter mais poderes e sua busca para recuperá-los; por fim, ele entra de cabeça numa guerra que sequer é dele em TBYW somente para tentar salvar a Sociedade das Almas. Lutar e proteger os outros é uma motivação altruísta e honestamente, acho isso uma coisa positiva, afinal, o mundo já tem anti-heróis sombrios demais, o que Bleach ganharia criando mais um? Ouso inclusive dizer que apesar da estética, Bleach é edgy só na aparência, porque nada no mangá é completamente sombrio e violento (apesar da saga final ter quadros bastante violentos…).

Uma História Cativante

Créditos ao artista na imagem.

Por algum motivo, se tornou bastante comum subestimar mangás shounen no que tange à sua história. De fato, por serem publicações voltadas a um público mais jovem, a linguagem costuma ser mais acessível e a trama às vezes separa alguns momentos de comédia aqui e ali. Mas isso não quer dizer que não há boas histórias ou pelo menos, narrativas cativantes.

Eu me acho bastante chato pra certas coisas e quando não gosto de alguma coisa (dadas as devidas exceções), normalmente largo no meio sem voltar atrás. Às vezes tento dar uma segunda chance e mesmo assim não vai. Porém, não foi o caso aqui.

Bleach tem uma qualidade pouco falada, e que eu particularmente gosto bastante: o mangá costuma preparar algumas situações para, no futuro, fazer uma conexão com elas. Um exemplo disso acontece no arco Hueco Mundo: durante o treinamento de Ichigo para dominar seu Hollow interior e usar a máscara de Vizard, senti uma certa sensação ruim, como se aquela conquista tivesse algo sombrio por trás. Alguns capítulos depois, minhas suspeitas se confirmam com a icônica cena da transformação do protagonista em Vasto Lorde. Posso citar também os constantes paralelos com The Death and the Strawberry feitos ao longo do mangá, reforçando a amizade entre Ichigo e Rukia.

Pequena montagem mostrando o momento onde Ichigo adquire sua máscara Hollow e sua transformação em Vasto Lorde.

O ritmo de leitura de Bleach é bastante agradável, e são raros os momentos onde a narrativa se arrasta. Por diversas vezes me vi cativado pela leitura, pois como Bleach tem um ritmo dinâmico que raramente deixa a peteca cair, por diversas vezes me vi lendo dezenas de capítulos em um dia sem sentir. Embora uma luta ou outra seja mais chatinha do que outras, a história segue sem muitos rodeios na maior parte do tempo e isso é uma excelente qualidade pra um mangá de ação.

Uma última coisa que eu queria elogiar é o uso de flashbacks. Embora Naruto tenha popularizado o meme do uso excessivo desse recurso narrativo(mito criado por culpa do anime, que é repleto deles), Bleach o usa pontualmente. Um dos meus arcos favoritos, Turn Back The Pendulum, é todo contado em um flashback que, apesar de ser inserido perto do clímax de Hueco Mundo, funciona porque naquela altura da trama, o mistério sobre quem eram os Vizards finalmente é respondido aqui, sendo a única ponta solta restante do arco. Admito que tive várias surpresas na minha leitura (como o fato de Shinji Hirako ser o Capitão da 5ª Divisão anterior), e como não se estende tanto, serve como uma breve pausa antes da luta final de Ichigo e Aizen. Há o uso dessa técnica para mostrar outros eventos como o passado de personagens ou eventos-chave para a narrativa, sempre de forma pontual.

Personagens Carismáticos (E Outros Nem Tanto)

Apesar de Bleach ter muitos personagens secundários, é inegável que alguns deles são bastante carismáticos. Os Capitães da Gotei 13 têm aquela vibe de Cavaleiros de Ouro de CDZ (basicamente, personagens no topo da hierarquia militar principal daquela história e possuem força acima do normal), logo você quer ver o poder único de pelo menos um deles, seja por gostar do visual ou por ser um dos seus favoritos. Alguns dos capitães e vice capitães mais populares acabaram caindo no meu gosto como Hitsugaya, Kenpachi, Renji e Byakuya, enquanto com outros me mantive neutro como Unohana e Komamura. No geral, tem Shinigami pra todo mundo.

Do núcleo humano temos outros personagens interessantes mas que acabaram não sendo tão bem utilizados na história, sendo esse o caso da Família Kurosaki, Orihime e, infelizmente, o Sado. Eu gosto bastante do Sado ser um mestiço latino americano mas o coitado mal aparece depois de Fullbringer. Acho um desperdício o Kubo não abordar a questão dele ser um mestiço japonês e só seguir o barco.

Quanto a Orihime, nunca tive fortes sentimentos por essa personagem e não acho ruim ela terminar a história com seu interesse amoroso. Uma pena é o poder dela só ser uma fonte de cura de emergência na maior parte do mangá, pois tinha potencial para ser muito mais, mas não aconteceu, fazer o quê. Por último, fora o Isshin, as irmãs de Ichigo perdem bastante relevância com o decorrer da história, com algumas pontas aqui e ali.

O ponto negativo para mim nesse tópico são dois tipos de personagem que o Kubo adora usar por algum motivo: o vilão alívio cômico e o adversário com uma habilidade forte demais que ganha duas ou três formas novas apenas para estender a luta além do necessário. Com exceção dos dois primeiros arcos, sempre tem um deles ou ambos nas sagas seguintes.

No primeiro caso, a maioria dos alívios cômicos simplesmente não tem graça. A piada normalmente é fraca e toda a habilidade deles é baseada nessa piada que se estende além do necessário. Exemplos como o Arrancar Charlotte Chulhorne e os Quincies Mask De Masculine e Pepe Waccabrada (sim, o Yhwach tem a pachorra de ter dois desses dentre os Sternritters) só não funcionam.

O exemplo que vem a minha mente logo de cara quando falo do segundo caso é Szanyel Aporro, também conhecido como o “Oitava Espada”. Toda vez que os mocinhos pareciam ter se livrado dessa praga, voltava o desgraçado com algum truque na manga só para testar meu juízo e me deixar legitimamente irritado. Aporro não é um personagem interessante, a personalidade é um copia e cola do Mayuri (que é outro lixo de pessoa, só salva porque ele pelo menos não fica contando vantagem antes da hora) e o Kubo continuava botando esse Arrancar na tela apenas para criar tensão. A luta dele contra o Mayuri foi uma catarse emocional para este que vos escreve.

Mas de longe, o prêmio de elenco mais sem graça vai para os Fullbringers. Não me entenda mal, a ideia é muito bacana, porém a maioria possui poderes sem graça e os personagens têm zero carisma. A relação dos membros da Xcution não convence, o antagonista do arco simplesmente vira um vilão genérico do nada ao recuperar suas memórias e o Kubo ainda teve a ideia infame de resumir a história de origem de todos os FB da Xcution em duas páginas de flashback, provavelmente o pior uso do recurso em todo o mangá. Como diz o ditado, não se pode ganhar todas.

Uma Arte Fenomenal

Se tem uma coisa que ninguém pode falar é que Tite Kubo não é um bom desenhista. A arte de Bleach sempre me atraiu e agora tendo lido o mangá, posso dizer que no quesito arte ele é um dos meus favoritos. A forma como o autor compõe as cenas de ação, o impacto de algumas revelações e transformações, é um espetáculo de se ver. Os momentos impactantes passam muito bem a intenção pretendida e criam várias cenas icônicas, ou seja, quero dizer que uma cena sombria ou a fúria de um personagem são muito bem transmitidas pela arte graças ao uso de sombra, linhas de movimento e ângulos de câmera que deixam as cenas importantes com bastante impacto. Além disso, as cenas de ação transmitem bem a intensidade de cada golpe e os poderes dos personagens, uma vez que as lutas desse mangá são dinâmicas e te deixam muito engajado com tudo o que está acontecendo naquele momento. É meio clichê falar isso, mas Bleach faz jus ao termo “eletrizante” em suas lutas, dignas de um mangá da Weekly Shounen Jump.

Outro ponto muito forte da arte é o design de personagens. Até quando o personagem é meio tosco, o Kubo faz o maior esforço para deixar seu visual único e chamativo. Obviamente que os Shinigamis levam a melhor, afinal não basta serem os heróis, precisam estar estilosos! Cada um dos capitães e vice capitães possuem visuais bem distintos uns dos outros, que são reconhecíveis de longe. O Ichigo também não fica para trás, ganhando diferentes versões de seu shihakushou (nome dado ao uniforme preto dos Shinigamis da Soul Society) em cada arco. De longe a minha versão favorita é aquela que aparece no final do Arco Fullbring.

A construção prévia da história para certos momentos combinada com a arte cria cenas inesquecíveis. A primeira vez em que Ichigo ativa sua Bankai, a Resureiccíon Segunda Etapa de Ulqiorra, Bankai da Rukia, transformação Vasto Lorde, Yamamoto vs Yhwach… consigo enumerar algumas cenas marcantes e lembrar imediatamente da arte. Se isso não é a prova da qualidade artística de Bleach, eu não sei o que é.

O Polêmico Final

Eu fui ler Bleach já com algumas bagagens. Eu tinha conhecimento de algumas pré concepções que decidi ver por mim mesmo se eram verdade ou não—spoiler: a maioria era falsa — e uma delas era o tão falando final do mangá, que praticamente arruinou a reputação de Bleach por anos no meio otaku. Antes, vamos a um pouco de contexto.

Uma das maiores teorias sobre o fim de Bleach é que o mangá teria sido encerrado por “pressão da Shounen Jump para terminar a história.” Eu não sei como ou quem começou esse boato, mas já lhes adianto que não passa disso, boato. Esse é uma daquelas histórias de cunho duvidoso do meio otaku como , por exemplo, a infame afirmativa “Togashi não publica Hunter x Hunter por jogar Dragon Quest”. Felizmente, ambas foram desmentidas anos depois.

A verdade é que Tite Kubo sentia intensas dores nos braços enquanto escrevia Bleach ao ponto de chorar de dor, porque os tendões de seus braços ficaram severamente debilitados. Dito isto, eu concordo que encerrar a história em apenas dois capítulos foi apressado e deixou a conclusão com bastante coisa em aberto. Mas sinceramente? Eu respeito muito a decisão do Kubo de cuidar da saúde em primeiro lugar, mesmo que pra isso tivesse que terminar a história mais cedo do que o previsto. Diferente do que alguns pensam, Thousand Year Blood War sempre foi planejado para ser o último arco—o final foi abrupto por motivos de força maior. Não foi algo feito “na maldade”.

Espero que o anime dê mais tempo de tela a essa transformação sensacional.

E esse tipo de coisa acontece com mais frequência do que se imagina. Shaman King foi cancelado abruptamente e somente anos depois vimos seu verdadeiro final, Masami Kurumada teve seu mangá Otokozaka cancelado na época do lançamento e trinta anos depois, não só o autor reviveu o projeto como encerrou a história no 11° volume. Isso que eu chamo de perseverança!

Fiquei sim um pouco triste pela reta final de Bleach ter sido apressada, e tive a sensação do epílogo ter sido encaixado ali de qualquer jeito no capítulo final. Isso quer dizer que toda a minha experiência com Bleach foi uma tremenda porcaria que me fez perder o meu tempo lendo? Nem de longe. Se eu tivesse que dizer como foi a experiência de ler Bleach, diria que foi muito melhor do que eu esperava. Minha expectativa com a série estava bem contida e fui surpreendido várias vezes durante a minha leitura. Então posso dizer que, apesar de todos os defeitos, Bleach é sim um bom mangá. Não é perfeito, mas é bom.

Às vezes damos tanto valor para o final que ignoramos toda a jornada até aquele momento. Claro, um final maior e melhor encerrado me deixaria mais satisfeito mas vivemos em uma época onde isso é possível — o anime que não me deixe mentir. Se teve uma coisa que eu aprendi lendo Bleach é quão valiosa é a sua experiência pessoal, e embora o pensamento “eu devia ter dado uma chance antes” rondasse minha mente às vezes, agora que terminei posso dizer que li o mangá na hora certa. Se tivesse lido antes, a impressão do final teria anulado toda e qualquer boa impressão e provavelmente eu seria uma daquelas pessoas insuportáveis que tira sarro da obra toda vez que alguém a cita em uma conversa—ironicamente isso aconteceu comigo, pois havia uma época onde eu desprezava Naruto, simplesmente a história que me fez virar fã de anime e mangá.

Honestamente as pessoas fazem muita tempestade em copo d’água quando o assunto é Bleach. Existe muito exagero em relação ao mangá, que obviamente tem seus defeitos, mas parece que para alguns círculos online, gostar de algo entendendo os defeitos e exaltando as qualidades é um ultraje. Tudo bem não gostar, ninguém é obrigado a gostar das mesmas coisas, mas durante anos senti que as pessoas se preocuparam mais em fazer chacota ao invés de ver o valor real da obra.

SAY YOUR DEATH WORDS

E chegamos a mais um final de texto. Eu tinha a intenção de escrever sobre Bleach antes, mas preferi terminar o mangá todo antes de formar qualquer opinião. O anúncio do anime de Thousand Year Blood War (que sim, assistirei pra ver as minhas cenas favoritas animadas com conteúdo adicional) foi o pontapé que faltava para ler Bleach.

Desde que terminei Fairy Tail, a ideia de conhecer Bleach de verdade rondava minha mente fazia um tempo. Ver tanta empolgação da galera pelo anime me cativou de tal forma que tirei essa vontade do plano das ideias e concretizei. Então sim fãs de longa data, isso é culpa de vocês. (Risos)

Esse texto ficou relativamente longo mas espero de verdade que vocês tenham gostado. Vejo vocês na próxima! E fiquem bem, sempre.

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Paladin Allvo

Brasileiro fã de anime, mangá, joguinho e quadrinhos. Escrevo as coisas que penso e/ou vivencio.