Paladin Allvo
5 min readJul 13, 2020

Relatório da Quarentena: Fire Force e Brand New Animal

Olá pessoas! Bem, por conta de toda essa loucura de Quarentena,eu tive mais tempo para ver animes, jogar alguns jogos e ao mesmo tempo conciliar as atividades acadêmicas. Então, pensei em compartilhar com vocês o que terminei recentemente em qualquer área do entretenimento de forma mais breve. Esta é a primeira edição do Relatório da Quarentena!

Fire Force 1ª Temporada

Gêneros: Ação, Super Poderes

Estúdio: David Production

Fonte Original: mangá

Episódios: 24

Plataforma: Amazon Prime

Escrito e Ilustrado por Atsushi Okubo, Fire Force é o segundo mangá do autor a ganhar uma adaptação em anime, sendo o primeiro Soul Eater, bem conhecido na década passada. Dessa vez, a adaptação não ficou a cargo do estúdio Bones, mas sim do David Production, conhecido pela popular adaptação de JoJo’s Bizarre Adventure.

Em Fire Force, somos apresentados a um mundo que sofreu um desastre natural que incinerou a cultura atual. Alguns anos após o incidente, os seres humanos tornaram-se pirocinéticos capazes de controlar as chamas e seres conhecidos como Infernais surgiram por meio da combustão humana. Para detê-los, uma força tarefa dividida em oito companhias conhecida como Fire Force foi criada e o jovem Shinra Kusakabe é o mais novo integrante da Oitava Companhia.

Fire Force foi extremamente criticado por suas piadas com ecchi e diversas cenas foram usadas nas redes sociais para acusar o anime de “machista” e “sexista”. Contudo, de todos os vinte e quatro episódios, essas piadas acontecem somente quatro vezes. Elas são sim péssimas, porém mal acontecem. A verdade é que apesar de ser sim um Battle Shounen, Fire Force me surpreendeu positivamente!

Na parte técnica, Fire Force é muito bonito. É um anime com cores fortes e vivas, a animação das cenas de ação é de encher os olhos e mesmo as cenas mais estáticas têm seu valor. As trilhas sonoras de fundo são bem básicas mas a primeira abertura e encerramento são sensacionais dentro do ponto de vista de música e animação.

Já sobre a história, Fire Force nos mostra uma sociedade onde a religião, ciência e governo comandam as bases de tudo. Como a antiga cultura morreu, existe a religião do Sol comandada pelo Grande Templo do Sol, a tecnologia está nas mãos de uma única organização, as Indústrias Haijima e a segurança nacional é controlada totalmente pelas Forças Armadas do Japão. As forças armadas têm permissão para matar os Infernais sem qualquer pingo de piedade, a diversidade religiosa morreu e todo o conhecimento científico não é compartilhado com as grandes massas, transformando o dever num jogo de interesses. Pensando nessas atitudes é que surgiu a Oitava Companhia, para investigar a origem da combustão humana e também as próprias instituições por trás da Fire Force.

Nota-se que Okubo amadureceu bastante desde Soul Eater e aqui ele preocupou-se mais em construir melhor o mundo. Ao invés de fazer algo apenas por ser “maneiro” e “descolado”, até agora os poderes e a sociedade de Fire Force tem uma coerência maior e quase tudo é explicado, além dos poderes se manterem na temática de fogo. A única coisa que não gostei é o poder de um dos vilões ser basicamente parar o tempo com suas chamas, é bem menos pé no chão que os outros poderes, mas provavelmente deve haver uma razão mais mística por trás devido à existência do Adolla Link/Burst.

Eu também gostei de boa parte dos personagens, apesar deles serem bem básicos. Minha favorita com certeza é a Maki Oze, que apesar da sua força física quase sobre humana, ela se permite ser meiga e gostar de coisas fofas. Gosto de como Arthur Boyle é o rival de Shinra mas é burro feito uma porta, além do Capitão e do Tenente serem bons líderes. A única que eu realmente detestei foi a Tamaki, além da voz irritante, as piadas com ecchi são protagonizadas por ela.

Estou aguardando a segunda temporada na Amazon Prime.

Nota geral: 8/10

BNA: Brand New Animal

Gêneros: Ação, Ficção Científica, Fantasia(?)

Estúdio: TRIGGER

Fonte Original: nenhuma

Episódios: 12

O anúncio de BNA pegou muita gente de surpresa. Depois do improvável sucesso de Beastars, é normal que outros estúdios tentem fazer o mesmo e o TRIGGER é o primeiro nessa empreitada.

Brand New Animal se passa em um mundo onde habitam os ferais, seres que possuem um DNA que os transformam em animais antromórficos. No Japão, a cidade de Animália é um paraíso para os ferais poderem viver sem se esconder, mas quando a jovem Michiro se muda para lá, ela descobre que nada é tão pacífico assim.

BNA adota uma palheta de cores de tons pastéis, até lembrando um pouco o estilo musical “aesthetic”. De resto, você pode esperar o padrão do TRIGGER, personagens com desings inspirados e animação dinâmica e estilizada.

Agora, sobre a história… BNA com certeza não é um dos melhores trabalhos do estúdio. Ele tenta abordar discussões sobre discriminação, desigualdade social e religião, mas as faz de forma tão rasa e superficial que você até esquece que elas existem. Alguns pontos são muito mal explicados e deixados em aberto, além de algumas situações serem convenientes demais para não matar a protagonista.

Os personagens também são extremamente rasos. Michiro, a menina tanuki, não é uma protagonista interessante, divertida ou sequer carismática e seu objetivo também é bem genérico. Shirou, o lobo dos pôsteres do anime, também não é lá essas coisas e nem seu passado salva.

Outro problema de Brand New Animal é que ele não se decide sobre qual rumo tomar. Uma hora ele vai para o rumo da ficção científica, no outro utiliza a parte mais fantasiosa com poderes mágicos e místicos, envolvendo até deuses no meio. A trilha sonora também não merece destaque, o que é uma pena porque as trilhas são marcas registradas do estúdio.

No fim BNA é um anime que não se destaca. Não é ruim, mas não tem nada de especial. Infelizmente é um anime bem esquecível.

Nota geral: 4/10

Bom, esse foi o primeiro Relatório da Quarentena. Esse foi um teste, espero que tenham gostado e quem sabe eu faço mais textos nesse formato de blog.

Até a próxima! E fiquem bem.

Paladin Allvo
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Written by Paladin Allvo

Brasileiro fã de anime, mangá, joguinho e quadrinhos. Escrevo as coisas que penso e/ou vivencio.

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